Introdução:
Os espongiários – ou poríferos – são animais encontrados em quase todos os ambientes aquáticos, desde regiões polares a regiões tropicais.
Não possuem tecidos diferenciados e suas cores, tamanhos e formas são variáveis, de acordo com a espécie e ambiente que ocupam.
Podem viver isolados ou em colônia.
Alguns moluscos e peixes, ouriços, estrelas-do-mar e tartarugas se alimentam de esponjas.
Entretanto, relações interespecíficas harmônicas são comuns, onde estas desempenhamfunção de refúgio para alguns peixes e invertebrados de menor porte;
que usam pedaços de diversas esponjas em suas carapaças; e podem, ainda, desenvolver relações simbióticas com cianofíceas, que produzem fontes de nutrição para a esponja.
Atualmente são mais usadas as esponjas sintéticas, principalmente em razão do menor custo destas.
São, ainda, um dos grupos de organismos com maior porcentagem de espécies produtoras de compostos antibióticos, antitumorais e antivirais.
Esponjas da família Cladorhizidae, habitantes de altas profundidades, não possuem sistema aqüífero e são dotadas de filamentos com espículas em forma de ganchos.
No Brasil, temos uma representante desta família:Chondrocladia albatrossi.
Elas obtêm alimento filtrando a água que fica ao seu redor.
O batimento contínuo dos COANÓCITOS (células flageladas, dotadas de uma expansão membranosa em forma de colarinho, que revestem o átrio das esponjas.
É o movimento dos flagelos dos coanócitos que cria a corrente líquida que circula através do corpo das esponjas, trazendo partículas nutritivas e oxigênio) ,
que revestem a cavidade atrial, força a saída de água através do ósculo(orifício oposto à base),
e em conseqüência, faz com que a água ao redor da esponja seja sugada e penetre pelos PORÓCITOS.
SISTEMA AQUÍFERO
São classificadas em três tipos:
Asconóide
Forma mais simplificada
Geralmente são pequenas e tubulares.
São compostas por tubos fixados juntos em suas bases.
Superfície perfurada por poros.
Cavidade interna (cavidade atrial) que se abre no exterior através do ósculo. Tem parede fina, o átrio é totalmente revestido pelos coanócitos.
Forma mais simplificada.
Geralmente são pequenas e tubulares.
São compostas por tubos fixados juntos em suas bases.
Superfície perfurada por poros.
Cavidade interna (cavidade atrial) que se abre no exterior através do ósculo.
Tem parede fina, o átrio é totalmente revestido pelos coanócitos.
Possui parede um pouco mais espessa que o tipo asconóide
e apresenta canais forrados de coanócitos, que desembocam na cavidade atrial.
(prosópila - abertura de conexão dos canais).
Mais alto grau de dobras, sendo o tipo mais complexo.
Canais flagelados se transformam em câmaras flageladas (câmaras vibráties),
que se comunicam com o átrio através de finos canais ;
a cavidade atrial se reduz a canais aqüíferos, que se abrem no ósculo.
Pinacoderme Porócitos (poros) e pinacócitos (exapinacócitos e endopinacócitos).
Meso-hilo (camada média)
Formada por amebócitos células matrizes [ se diferenciam em outros tipos celulares],
células livres, presentes na substância gelatinosa localizada entre as camadas de pinacócitos( células achatadas que revestem a parede externa das esponjas como uma espécie de epiderme),
e coanócitos (células flageladas).
Por espongioblastos que originam as fibras de esponjina (formada por colágeno).
Ainda também por arqueócitos - estão ligados a reprodução e a alimentação (captura de alimentos).
Os miócitos - que são responsáveis pela abertura e fechamento dos orifícios (movimento não visível, extremamente lento) e os coanócitos.
Reprodução
Pedaços de esponjas são capazes de se regenerar até se transformarem em uma nova esponja.
Este processo é conhecido como reprodução assexuada, podendo ocorrer através de gemulação ou gemiparidade
(processo de reprodução no qual ocorre a formação de gemas ou gomos no progenitor,que após se separarem deste, desenvolvem-se dando origem a novos indivíduos),
e também, por fragmentação
(processo no qual o corpo do progenitor é quebrado em vários pedaços, onde cada uma destas partes é capaz de se regenerar individualmente até assumir forma semelhante de seu progenitor).
O registro fóssil data as esponjas desde a era Pré-Cambriana (ou Pré-Câmbrico ou
Neoproterozóico).
As esponjas podem filtrar em uma hora um volume de água centenas de vezes maiores que o volume de seu corpo.
FONTE: http://www.todabiologia.com/zoologia/poriferos.htm ; http://www.maradentro.org.br/esponjas-porifera ;
Mariana
Araguaia (Graduada em Biologia) e Imagens Google.
